segunda-feira, 7 de julho de 2014

Para refletir - O pato morto


Um juiz americano tinha a seu serviço, como motorista e empregado de confiança, um cristão humilde, fiel e dedicado, chamado Samuel e sempre o levava em sua companhia para caçar patos selvagens, sua diversão e esporte preferido. Certo dia, a caminho do bosque, conversando disse: – Sabe, Samuel, eu entendo pouco de sua religião, seu Cristianismo, mas, na minha opinião, acho inútil e desnecessário levar tão a sério a fé em Deus, em Jesus, na Bíblia... 
     Veja bem, eu sou uma pessoa incrédula, um ateu convicto, para quem não existe Deus nem o diabo, nem céu nem inferno e estou perfeitamente contente com minha sorte... Tenho dinheiro e muitos bens materiais, uma boa posição social; está tudo bem para mim, como você pode ver, concorda Samuel?... Agora veja você, uma pessoa religiosa, sincera, esforçada, mas costuma  dizer que é tentado pelo diabo e tem passado por lutas e várias provações. Veja se não é verdade que eu, sem religião, sou muito mais feliz do que você com o seu Deus e sua religião!    
      O pobre Samuel ficou calado, pensativo, nada respondeu, preferindo guardar tudo no coração e orar silenciosamente a Deus em seu próprio favor e de seu patrão. 
      Quando chegaram ao local da caça, o juiz atirou em alguns patos selvagens, derrubando-os. Samuel era o encarregado de ir buscar e recolher as aves. Quando se preparava para a tarefa, seu patrão gritou, de longe: – Ouça bem, Sam! Não se preocupe com os patos mortos no caminho. Não tenha pressa, pois eles estão à sua espera. Mas não perca tempo e se apresse em perseguir os patos feridos e agarrar todos eles, antes que escapem. Samuel obedeceu às ordens de seu patrão, fazendo seu trabalho com a eficiência de sempre, enquanto meditava sobre o tema e assunto da conversa da viagem, horas antes. 
     Na volta, antes de entregar o produto da caça, disse ao patrão: – Sabe, Doutor, eu tenho, agora, a resposta para sua pergunta! A diferença entre nós dois é que eu sou o pato ferido e o senhor – não me leve a mal – é o pato morto. O Diabo o deixa em paz, por enquanto, porque sabe que poderá prendê-lo quando quiser, enquanto a mim, tenta me capturar!     
               
Autor desconhecido - Contribuição do amigo  Antônio Francisco Lacerda (Toninho) 

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